segunda-feira, 1 de julho de 2013

A juventude e o crime

A juventude e o crime

Mario Ypiranga Neto – Promotor de justiça e membro da AAL


Juventude é alegria. Uma espécie de atmosfera de encontros sucessivos com a alegria. A felicidade que mora no agora. É a vida sem preocupações. A leveza da vida. As condições de vida da juventude indicam o nível de desenvolvimento de um país e permitem-nos fazer um cálculo antecipado da situação futura. Constatar a crescente delinqüência juvenil no Brasil é indicio de que o País não vai bem no que se refere as políticas de segurança publica e sociais. A juventude reflete as possibilidades de um povo.
A onda de criminalidade no País, praticada por jovens, e a violência crescente deixam-me estarrecido. Não há que se raciocinar demais para prever que, nos próximos anos, os delinqüentes serão mais jovens e os crimes, hoje testemunhados, são leves ante a indesejável perspectiva apresentada.
Constata-se atualmente, no entanto, que o Estado Brasileiro repete o erro cometido em relação ao Sistema Criminal tradicional, visto que não possui estrutura adequada para interromper a violência ou reeducar seus autores juvenis.
A educação é o caminho adequado aos jovens para se revestirem dos mais belos princípios morais no enfrentamento da peleja da vida. A humanização do comportamento e a melhor distribuição de renda são fatores decisivos na seleção de cidadãos dignos ou marginais.
Essa juventude precisa de heróis comprometidos publicamente com a historia de seu povo, personagens ricos em justiça, com quem poderiam identificar-se, sentindo-se vitoriosos, impulsionando a seguir e não a romper com as normas da sociedade, e encorajando-os a viver, não a vida tocada pelo medo e pela fome, mas a vida que passa, ao menos remotamente, pela compreensão do mundo.


               

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